O ex-governador Mauro Carlesse (Agir),que renunciou ao cargo em 2022 para fugir do processo de cassação, foi condenado pela Justiça Federal pelo crime de atividade clandestina de telecomunicação pelo uso de um bloqueador de sinais telefônicos apreendido em seu gabinete no Palácio Araguaia, em 2018, durante operação realizada pela Polícia Federal.

O uso do equipamento, sem autorização, é crime por se tratar de exercer serviço de telecomunicação clandestinamente. A apreensão levou o Ministério Público a denunciar o ex-governador no ano passado.

Carlesse foi condenado a 2 anos e quatro meses de prisão e a pagar 68 dias de multa, o que equivale a R$ 64,8 mil, conforme sentença proferida pelo juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva. Mas, o magistrado determinou que o ex-gestor tivesse a pena de prisão substituída pelo pagamento de 10 salários-mínimos e pela proibição de exercer cargo, função ou atividade pública, ou mandato eletivo pelo período equivalente a pena.

A defesa do governador, liderada pelo advogado Juvenal Klayber, recorreu da decisão. Carlesse alega que o aparelho já estava no gabinete quando assumiu o mandato e que ele não fazia o uso do equipamento.